sábado, 15 de outubro de 2011

Notícia- Jornal Correio do Povo- entrevista com Maísa

No Jornal "Correio do Povo",na coluna Papo selado,Maísa Magalhães é a entrevistada.Confiram parte da entrevista:

CP: Você sempre faz pesquisa, laboratório para compor suas personagens?
-Sim,sempre.Penso que tanto nos palcos como nas telas,somente o personagem estando “vivo”é que cria a empatia com o público,despertando as emoções mais profundas e sendo capaz de fazer o telespectador muitas vezes se ver naquele personagem ou situação mostrada.Esse é o objetivo da arte:tocar,instigar,fazer refletir .Me especializei no método do teatrólogo,diretor e ator russo Constantin Stanislavsky, no Actor Studio SP Brasil,onde aprendi e vi a importância de conhecer a fundo o ser humano para compor as personagens.Faço o possível para seguir rigidamente  da  mesma forma como ele defendia e na mesma linguagem do Actor Studio internacional, que é detalhadíssimo e de onde saíram os maiores atores,como Heath Ledger, Hilary Swank, Marlon Brando,Al Pacino,entre outros excelentes.No meu dia a dia meu estudo é constante e rígido,meu primeiro passo é a OBSERVAÇÃO de cada ser humano que convivo,vejo ou conheço.Cada detalhe do psicológico e do físico,manias,jeito de andar,jeito de falar,tiques,tipos de personalidades,profissões,classe social...tudo é analisado e nessa parte o mais importante ao ator é jamais julgar,jamais ter preconceito,senão nunca será um bom ator.Apenas observar e tentar entender os porquês dessas características em cada um. Tem que acreditar naquilo que se vive.A segunda parte é fazer o laboratório,quando possível faço o de  vivência ,como por exemplo ,para o filme “Alguém Qualquer”,fiz Cláudia,uma mulher muito bem sucedida entre outras coisas,então nesse caso fiquei por 2 meses observando e tentando freqüentar lugares onde esse estilo de mulher vai,reparando cada
 detalhe.Quando fiz uma dançarina,fiz aulas também numa academia e entrevistei muitas delas.Mas há casos mais delicados,como fazer uma viciada em drogas ou alcoólatra,nesse caso não dá pra vivenciar a situação,então o laboratório é de observação e p
pesquisa,é preciso ir a lugares para conversar com essas pessoas,com especialistas,médicos,psicólogos,observar tanto o dia a dia normal como o momento que estão em descontrole,fazer uma pesquisa mesmo,até achar que estou  apta a passar aquilo com realidade,sem clichês. A terceira parte é a prática,gosto de ter pelo menos 1 mês para me preparar para cada personagem,treinar diariamente o corpo,voz,e todas essas listas de elaboração que construo, até ficar natural.Valorizo a humanidade de cada personagem.  
            

CP: Há características sua nas personagens? Ou não, pois elas são diferentes de você?
-Procuro distanciar a Maísa  ao máximo da personagem,no momento que faço a  construção.E pra mim quanto mais diferente de mim ,maior o desafio em criar.Eu acredito numa citação de Stella Adler,que diz: “Atuação acontece somente quando você recusa a usar você mesmo como personagem".


CP: Fale de vc :
Moro sozinha em São Paulo, há 5 anos trabalhando como atriz e às vezes modelo.Tenho hábitos simples e sou bastante caseira.Considero meus pontos fortes ser corajosa,amorosa,batalhadora.Sou movida a desafios e bastante persistente. As dificuldades não me assustam.Acredito que já superei as mais difíceis.Tento me concentrar nisso pra não desanimar,pois minha profissão tem altos e baixos frequentemente.
As vezes me chamam de hiperativa e engraçada,rs. Não curto baladas,adoro acordar cedo,sou disciplinada com minhas coisas.Acho que é isso! Rs.

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